Revista Fronteiras Plurais

CONTRACAPA DA REVISTA FRONTEIRAS PLURAIS

CONSELHO EDITORIAL — 2023-09-19

CAPA DA REVISTA FRONTEIRAS PLURAIS

Capa: Iohana Maia Souza

FOLHA DE ROSTO DA REVISTA FRONTEIRAS PLURAIS

CONSELHO EDITORIAL — 2023-09-19

FOLHA DE ROSTO DA REVISTA FRONTEIRAS PLURAIS.

APRESENTAÇÃO DA REVISTA FRONTEIRAS PLURAIS

Gleison Maia Lopes Maia Lopes — 2023-09-19

APRESENTAÇÃO DO QUARTO NUMERO DA REVISTA FRONTEIRAS PLURAIS.

ENSAIO FOTOGRAFICO: Remar, cair e levantar

Jesus Marmanillo Pereira — 2023-09-19

O presente ensaio é resultado de uma pesquisa a respeito do processo de institucionalização da prática de skate, na cidade de Imperatriz-MA. Partindo de autores como Agier (2011) e Certeau (2014), compreendemos que os coletivos de skate local são constituintes e construtores da própria urbe, e que desenvolvem um conjunto de saberes e táticas que lhe possibilita transitar por diversos lugares e situações que vão além do próprio skate. Nesse sentido, “remar”, “cair” e “levantar”, bem como enfrentar o medo e se integrar no risco da manobra são operações que ultrapassam a situação das manobras executadas na Praça Mané Garrincha ou Beiro Rio. Tendo como campo de observação o coletivo inrrugadus, a narrativa traduz uma caminhada ao lado desses importantes “fazedores” da cidade, enfatizando essa filosofia da rua propagada por membros do coletivo e demonstrando alguns itinerários cotidianos que auxiliam essas operações.

MARCAS DA VIOLÊNCA NO CARIRI

Daniel Souza Rocha — 2023-09-19

Este artigo pretende analisar as dinâmicas dos crimes violentos letais intencionais na região do Cariri, focando especialmente nos territórios das cidades de Crato, Juazeiro e Barbalha. A partir de dados do perfil social de vitimização obtidos através do SINAN e da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o artigo busca descrever e analisar o fenômeno da violência letal entre jovens - enfatizando a população entre 15 e 29 anos - na região. Elementos como a presença e conflitualidade de facções criminosas nesses territórios somados a indicadores sociais, podem lançar luzes sobre como esse fenômeno tem se configurado e quais os sentidos atribuídos a essas mortes do ponto de vista das políticas públicas.

OS SABERES POPULARES DAS REZADEIRAS NO DISTRITO DE SÃO JOSÉ DO TORTO SOBRAL – CE

Reginalda Moura Portela — 2023-09-19

O presente trabalho aborda os saberes populares presentes nas práticas de rezadeiras de uma comunidade rural do interior do Ceará. O objetivo é verificar como ocorre o processo de transmissão do saber popular, a partir da história de vida, dos modos de aprendizagem e dos tipos de rezas, curas e práticas das rezadeiras. A fundamentação teórica sobre a temática foi subsidiada por autores como: Freire (1987; 2002), Brandão (1993), Santos (2009) e outros que discorreram sobre o tema. Trata-se de um estudo qualitativo, de caráter exploratório e descritivo, como uso de abordagens metodológicas da história oral e história de vida. Os resultados apontam a forte influência dos saberes populares e prática das rezadeiras sobre a vida da comunidade. Apesar do fácil acesso à medicina convencional vivenciado na atualidade, a procura pelos serviços de reza e curas ainda é muito presente na comunidade. Apesar da reconhecida importância, estes saberes populares ainda estão alheios aos espaços formais de educação. O estudo evidencia a necessidade de aproximação do saber formal aprendido no espaço escolar e o saber informal adquirido no cotidiano, nas práticas do dia-a-dia.

LENDO “O ORNITORRINCO” NA PERIFERIA

Felipe Souza Pinto — 2023-09-19

O artigo revisita o ensaio do sociólogo marxiano Francisco de Oliveira, intitulado, O ornitorrinco, em busca da compreensão sobre a constituição e perenidade da periferia como o território de vida da classe trabalhadora urbana brasileira. Esse exercício tem uma origem, as minhas reflexões a respeito dos jovens pertencentes à essa classe na antropologia urbana, por isso essa revisita é realizada em diálogo entre essas duas disciplinas das Ciências Sociais. Cujo objetivo é conectar os acontecimentos macrossociológicos aos microssociológicos, tornando a compreensão da vida juvenil às margens dos centros urbanos mais crítico. Haja visto que o sociólogo conhecido por Chico de Oliveira faz de sua análise acerca da mudança do setor-chave da economia brasileira, passando da agricultura à industrialização, uma crítica marxista às outras interpretações sobre o mesmo processo. Interpretações que, muitas vezes, são tomadas de barato por profissionais da etnografia urbana, quais observam os modos de vida na periferia uma criatividade e não, como coloca o pesquisador, a parte cruel que cabe à classe trabalhadora no desenvolvimento do capitalismo brasileiro, essa que conheceremos com as etnografias e as conclusões do autor sobre o surgimento do ornitorrinco.

VIVÊNCIA DE UMA ALUNA QUE OBSERVA

BRUNA SILVA ARAÚJO — 2023-09-19

O artigo busca problematizar o processo de ensino-aprendizagem a partir da experiência em sala de aula vivenciada pela pesquisadora na disciplina “Antropologia e Imagem”. O método utilizado é o bibliográfico aliado à observação e memórias da autora. Além das reflexões sobre o ensino de Antropologia, busca-se pensar sobre sala de aula aliando tal discussão com a Antropologia dos rituais e performance, a partir de Victor Turner. Portanto, a problemática aqui estabelecida, ultrapassa uma vivência localizada e faz-se importante para a discussão sobre a prática docente na graduação em ciências sociais e a sala de aula, bem como, visa contribuir para a literatura sobre docência em nível superior.